É só saúde!
Eu tinha aqui uma dor
E fui lá no hospital
Dei o nome, esperei, entrei
E o gajo disse:
Tu não tens nada! Tu não tás mal!
Em pé não aguentava
Pegava fogo na testa
A barriga era um barril
Ele achava era festa
Achei tava a divagar
Da febre sempre subir
Mas era tudo verdade
Tavam-me a mandar ir.
E fui andando pra fora
Insultando todos e tudo
Eu tava a ser despachado
Isto era mais qu’um insulto.
O braço tava partido
A cabeça ao meio rachada
Um olho mais que vesgo
A garganta inflamada
Todo roxo e entrapado
Do pé até ao nariz
E o gajo que é doutor diz:
- Amanhã vai trabalhar que tu tás mais que fixe!
Eu sou porreiro e bacano
Mas não sou parvo de todo
Encostei o peito ao mano
E deixei-o todo rôto.
Vai daí chamam a bófia
Que tempo leva a chegar
E o man meio assustado
Não pára de reclamar
Que está pr’ali a sofrer
E ninguém para acudir
Já passaram dez minutos
O sangue vai-se esvair
O guarda chega e olha
E farta-se até de rir:
- Tás a ver se vais de folga. Tu vai mas é bolir!
Beijo, juízo e tudo de bom!
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
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