domingo, 15 de junho de 2008

Amar-me?



Um dia destes, por aí, alguém olhou-me nos olhos e me bradou num repente:
- És o verbo ir!
E foi.
Nunca tinha pensado nisso. Mas sim.
Estou sempre a começar. A aprender. A querer conhecer e descobrir.
A encontrar. A desejar. Numa pressa que nem eu sei porque.
Como se o mundo terminasse amanhã. E não termina?
Perco-me de mim. De cansaço. De exaustão.
A culpa carrega-me a consciência se me dou.
E fujo para não a ouvir. Para não escutar a sede de mim.
Na pressa do ir deixo escapar um grito rouco, que abafo.
Quero querer-me. Mas acho tenho medo. De mim?

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