terça-feira, 27 de outubro de 2009

contra a corrente

No princípio é sempre era uma vez de qualquer coisa. Já não lembro qual. A nossa estória de cumplicidade foi uma vez dum dia qualquer, quando os tempos ainda não eram comuns nem o querer caminhava em sentido único. Com o correr do tempo passámos a adivinhar as palavras por dizer e os anseios por alcançar, os apertos no peito e as graças que nos fazem gargalhar até doer quase tudo. A bola que girava apenas no campo passou a rolar ao ritmo dos meus fins de tarde, em cada giro que a carrinha faz pelos bairros; as más novas que lia apenas nos jornais ganharam outras perspectivas e trouxeram revolta pela inércia dum sistema que apenas vislumbra o só amanhã, não apostando em metas parcelares com lucros não imediatos. A incapacidade para continuar projectos já iniciados com fim à vista, a dor pela falta de participação activa de quem de direito, que afinal somos todos nós, a ignorância face ao óbvio que é o futuro social comum das gerações vindouras rouba-nos, em momentos de fraqueza, aquela força de lutar pelos amanhãs sonhados em que acreditamos, mesmo quando razão e as leis dos homens nos querem destinar o contrário.


Mana, nos sta djunto. Pa venci.


mmm

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