sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Terra à vista ?

Tem dias o mundo parece quase perfeito. O sol brilha até quando chove a potes e o luar espalha prata em noites de lua nova. Nesses dias todos os meninos cantam canções de roda, dão as mãos e acreditam nos amanhãs sonhados. Nos outros tantos dias que sempre são demais, parece o sol se cobre de geada e a lua de negro se veste. As mantas não aquecem o Agosto das vidas e as estrelas não iluminam as estradas que sempre se transformam em lugares sem saída à vista.

No sempre depois-já-quase-a-seguir, as feridas saram, os caminhos voltam a ter rumo e o sol e a lua seguem o seu percurso estudado de fazer dias soalheiros e noites luarengas, trocando-nos as voltas em eclipses não previstos na metereologia do canal público.

Assim têm sido os anos passados. Despedimo-nos do sol à tardinha, na babuja salgada de mar chão ou revolvo, consoante os dias e acordamos na partida da lua, fresca de geada ou seca de tanto estio. De quando em quando também ela entardece a tempo de ele se despedir ou então é ele que a espera na linha recta do oceano, ambos em sede de reencontro e desejo de passos paralelos.


Tenhamos nós a capacidade de pegar numa mão cheia de boa vontade, tolerância, criatividade qb, amor próprio e ao próximo, acrescidos da experiência e trabalho acumulados, produziremos certamente obra com sucesso garantido.

O que não quero não é a lua quase cheia nem o sol de Outono. É mesmo e tão só a escuridão do céu que quero azul seja noite ou dia.

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