Noutro dia, remexendo nos antigamentes, encontrei uma velha redacção da terceira classe. Dizia assim:
"Quando eu fôr grande não vou ser muito grande porque vou continuar a fazer coisas de pessoa pequena. Vou brincar e dizer graças como o meu pai e, se calhar, vou ter cabelos um bocadinho brancos como a minha mãe.
"Quando eu fôr grande não vou ser muito grande porque vou continuar a fazer coisas de pessoa pequena. Vou brincar e dizer graças como o meu pai e, se calhar, vou ter cabelos um bocadinho brancos como a minha mãe.
Eu acho que nunca vou ser uma senhora assim muito verdadeira, daquelas com os cabelos levantados, os sapatos altos, a cara pintada e um bocado toleironas.
Vou ter um trabalho e vou ter uma casa com quintal. Acho que vou ter filhos e que eles também vão ser alegres e diabretes.
Vou tocar e cantar músicas bonitas, vou abrir as janelas todas da minha casa, pôr um lenço na cabeça amarrado atrás e vou caiar o quintal. Os meus filhos vão regar as plantas com água fresca da mangueira de borracha.
Vai ser uma festa. Eu ainda não sei bem se é bom ser uma pessoa grande."
Vou ter um trabalho e vou ter uma casa com quintal. Acho que vou ter filhos e que eles também vão ser alegres e diabretes.
Vou tocar e cantar músicas bonitas, vou abrir as janelas todas da minha casa, pôr um lenço na cabeça amarrado atrás e vou caiar o quintal. Os meus filhos vão regar as plantas com água fresca da mangueira de borracha.
Vai ser uma festa. Eu ainda não sei bem se é bom ser uma pessoa grande."
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