É que nem sabia que tinha tantas saudades delas. Nem é bem só delas. É da tagarelice, do atropelo na entrada e na saída da carrinha para ir no banco da frente, das músicas que todas já sabemos de cor, das novidades, dos penteados, dos jogos que já vão recomeçar no próximo fim-de-semana e das notas escolares, as negas que eram excusadas e as outras que nem confessam. Retomámos os treinos e cá estou na minha volta das terças-feiras. Vamos e voltamos, eu e elas, parando, deixando e recolhendo, de bairro em bairro, com uma garra e um calor que quase abafam a frente fria que praí anda.
Quando chego, a casa já adormeceu. É tão bom dar-lhes aqueles beijos mornos, muito ao de leve, para não os roubar aos sonhos. E sonhar com eles, mesmo que ainda acordada.
Sonhar mundos justos, dias felizes, pés descalços pela areia, silêncios, ternura, pele.
1 comentário:
e uma entrada muito inteligente...
e verdadeira, assim suponho!
que saudades daqueles muidos, sao!
ass: inesinha
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