domingo, 23 de agosto de 2009

De volta à labuta

Meus queridos CDA's,

Claro que estou cheia de saudades vossas e dos vossos fantásticos abraços e mimos mas bom, bom, era poder juntar esta maravilhosa suestada numa trouxa de pano di terra, levá-la comigo na furgoneta e, à chegada, espraiar a Meia por inteiro aí mesmo no terraço do nosso atelier ou no parque, entretanto já quase despido do nosso festival de emoções.

Quase tenho peso na consciência de ter tido o atrevimento de vir de férias e deixá-los aí todos na labuta. Mas aqui a mamacita não esteve só a banhos e a curtir o terraço e os petiscos da avó Maria que, confesso aqui entre nós não está fácil de aturar, é a verdadeira mãe de filha única, com todos os caprichos e casmurrices a que tem direito mas também com as lamechices e todas as coisas boas que só as avós parecem saber de cor.

Volto de energia em alta depois de muitas horas de sono, de livros e de Meia-Praia. Devia ter acabado relatórios, disfrutado algum tempo com os amigos de cá, tratado daquelas burocracias infernais de finanças e afins, mandado caiar os muros e limpar as valas e até jantado num lugar simpático nem que fosse uma só vez, mas, desta vez, só consegui mesmo ser mãe relativamente atenta, filha pouco dedicada e salvadora do que ainda de mim restava.

Daqui a uns minutos abalo. Deixo os gaiatos e o pai deles em mais um fértil período de avósanso e vou por aí fora, de janelas abertas, música alto, direitinha ao CCB para o espectáculo dos Terrakota. É lá que nos encontramos, não é?

Beijos, beijos, beijos

mmmmm

domingo, 2 de agosto de 2009

Verão no Parque

O VERÃO NO PARQUE tem vindo acontecendo no sonho, no trabalho e no coração de todos os que vestimos a camisola desta equipa. A última semana foi o descobrir como tudo o que até então eram só palavras no papel era na verdade, ao vivo e a cores.

O Parque da Quinta do Salles tem sido palco de múltiplas vivências formativas e lúdicas, de partilha de saberes e de encontro de quem bem se quer. Vibrámos todos com os Terrakota, a Marta Plantier, a nossa Valéria e a Lura. Dançámos e cantámos juntos até o que não sabiamos de cor, inventámos soluções para os imprevistos entre aulas de capoeira e de kizomba, de pincel ou de chave de fendas nas mãos, acreditando sempre que sempre é possível.

Subi agora ao atelier para apanhar um panelão de sopa que as mães fizeram durante a tarde. Lá em baixo, na relva, as tendas estão montadas em meio círculo, de frente para o palco. As guitarras soam, os jovens rappers cantam ao desafio e os mais piquinotes vão-se encostando, ao sabor das estórias que se vão soltando.

Não sei se foi isto que sonhei mas não tenho dúvidas do quanto sou feliz nesta comunidade que, há muito, tão bem me acolheu.
 
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