quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

cinzento escuro

afinal a minha cidade já não é aquele lugar aprazível e pacato que sempre espero encontrar no inverno. ao sol posto as ruas ficam desertas, silenciosas e tristes como se esperassem a morte. entre postigos e portadas já só espreitam avós, assim meio a medo, na penumbra da viuvez que deixou de ser alheia. e eu que me sentia segura. aqui. em qualquer canto e em qualquer duna. em lagos. na minha cidade. enraiveci de espanto. de surpresa. acho que de desilusão até. desembaciei. depois do assalto de hoje fugi pró mar e contei-lhe das muitas pedras que faltam nas calçadas do nosso burgo.

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